Não vacinados devem refletir sobre o seu papel na sociedade, diz Merkel
A afirmação surge num momento em que os casos de infeção estão a aumentar na Alemanha.
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Mundo Covid-19
Perante a ameaça da quarta vaga da Covid-19 na Alemanha, a chanceler Angela Merkel alertou que aqueles que ainda não estão vacinados têm de perceber que devem proteger o resto da sociedade.
A declaração foi feita à margem da cimeira do fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla inglesa), onde a chanceler alemã discursou a convite da primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern.
Merkel acrescentou ainda que os políticos devem explicar honestamente as medidas mais 'severas' ao público.
“Temos de explicar que temos o direito a ser vacinados e que isso é uma grande sorte, uma grande conquista da ciência e da tecnologia, mas que também temos uma certa obrigação de contribuir para a proteção da sociedade”, sublinhou a chanceler alemã.
Entrevistada pelo presidente da Microsoft, Brad Smith, Merkle referiu também que os desafios da pandemia e das alterações climáticas são semelhantes, já que são ambos fenómenos exponenciais, cuja severidade foi difícil de compreender ao início.
“Quando começamos a ver um crescimento exponencial temos de agir imediatamente, e a perceção daquilo que ‘exponencial’ significa não é ampla nas nossas sociedades”, concluiu.
Os casos de Covid-19 têm estado a aumentar em toda a Europa, soando o alarme entre os especialistas, que temem que os sistemas de saúde fiquem novamente sobrecarregados devido à propagação da doença por parte das pessoas não vacinadas – principalmente no que toca as populações mais vulneráveis ao vírus, como é o caso dos idosos e das pessoas imunocomprometidas.
Foi hoje anunciado pelo ministro da Saúde, Jens Spahn, que a Alemanha reintroduzirá os testes grátis à Covid-19 a partir de sábado, assim como medidas que incluem o uso obrigatório de máscara e o distanciamento em espaços públicos, até março de 2022.
A Alemanha registou 48.640 novas infeções nas últimas 24 horas, - depois do número recorde de quinta-feira, de 50.196 novos casos - e 191 mortes. No total, o país contabiliza 4.942.890 casos desde o início da pandemia e 97.389 mortes, segundo os dados divulgados pelo Instituto Robert Koch.
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