"Os funcionários de saúde no Hospital de Mulago [o maior hospital de Kampala] estão a trabalhar incansavelmente para salvar as vidas dos feridos", disse o porta-voz do Ministério da Saúde, Emmanuel Ainebyoona, na sua conta na rede social Twitter.
Ainebyoona descreveu o incidente como um "acto de terrorismo infeliz e cobarde" e disse que quatro dos feridos estavam "em estado grave".
"Houve duas explosões em dois locais diferentes: uma na Rua Buganda e a outra na Avenida do Parlamento", disse esta manhã por telefone o porta-voz da Polícia Metropolitana de Kampala, Luke Owoyesigyire, em declarações à agência EFE.
A polícia e o exército ugandês isolaram os locais da explosão, uma delas numa das ruas mais centrais e movimentadas de Kampala, impedindo a entrada de todos os transeuntes, noticiaram os meios de comunicação locais.
Mais de uma dúzia de ambulâncias deslocaram-se na última hora para os locais do incidente para transportar possíveis feridos.
Este é o sexto incidente com explosões de bombas no Uganda desde 23 de outubro, dia em que dois homens detonaram um dispositivo num bar popular no norte da capital, matando uma pessoa.
O Presidente ugandês, Yoweri Museveni, classificou o incidente como um "ato terrorista" na sua conta no Twitter.
Em 25 de outubro, um bombista suicida foi morto quando detonou uma bomba artesanal dentro de um autocarro cheio de passageiros.
No dia seguinte, a polícia disse acreditar "firmemente" que as Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês), um grupo rebelde ugandês que opera atualmente na vizinha República Democrática do Congo (RDCongo), foram responsáveis pelo ataque.
Em 30 de outubro, uma terceira bomba explodiu no distrito de Nakaseke (centro do país), matando três crianças que brincavam acidentalmente com o dispositivo explosivo.
Em 10 de novembro, a polícia confirmou a detonação de outra bomba na lixeira de uma zona de treino militar, ferindo gravemente duas crianças que ali tinham vindo para recolher sucata metálica.
Finalmente, no passado dia 11, uma pessoa foi morta e outras quatro ficaram feridas quando uma bomba explodiu na cidade de Kapeeka (também no centro do país).
Ainda não se sabe se existem ligações entre estas explosões.
Os objetivos da ADF não são claros, além de uma possível ligação com a organização terrorista do Estado Islâmico (EI), que por vezes reclama a responsabilidade pelos seus ataques, embora em junho passado o Grupo de Peritos da ONU na RDCongo tenha afirmado não ter encontrado provas de apoio direto do grupo radical islâmico à ADF.
Na semana passada, durante uma reunião com os chefes das fundações Bridgeway e Buffet, que estão envolvidos na segurança na região dos Grandes Lagos, Museveni manifestou a vontade de ajudar o exército da RDCongo a "derrotar" a ADF.
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