Na sexta-feira, o gabinete de Isaac Herzog indicou que o próprio Presidente israelita participará em Hébron nas cerimónias a realizar na Caverna dos patriarcas, a mesquita de Ibrahim, para os muçulmanos.
O local, o segundo mais sagrado do judaísmo, também é reverenciado pelos muçulmanos.
Hébron, a maior cidade da Cisjordânia, é o lar de cerca de 1.000 residentes judeus que vivem sob proteção militar, entre mais de 200.000 palestinos.
A colonização israelita nos territórios ocupados é considerada ilegal pelo direito internacional.
"[Israel] deve assumir total responsabilidade pelas consequências desta agressão", disse Ismail Redwan, um alto funcionário do Hamas, num comunicado divulgado na sexta-feira à noite.
O acender da vela constitui "uma provocação aos sentimentos dos palestinianos e uma profanação flagrante da santidade da mesquita", acrescentou Redwan, apelando aos palestinianos da Cisjordânia e de Hébron a repeli-la.
O anúncio da presidência de Israel também irritou o partido da esquerda israelita Meretz, que se opõe à política de colonatos nos territórios palestinianos.
Na sexta-feira, o Reino Unido classificou oficialmente o Hamas, que governa na Faixa de Gaza, como uma organização terrorista.
Até agora, apenas o braço armado do Hamas, as brigadas Ezzedine al-Qassam, foi banido do país, enquanto o movimento islâmico já está na lista negra de organizações terroristas nos Estados Unidos e na União Europeia (que o Reino Unido deixou em 2020).
A proibição agora também se estende à ala política do Hamas.
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