A variante B.1.1.529, denominada Omicron, que foi detetada inicialmente na África do Sul, está a 'espalhar-se' pelo mundo, tendo já chegado à Europa - com casos na Bélgica e no Reino Unido. Anthony Fauci, o principal conselheiro em epidemiologia da Casa Branca, revelou, este sábado, que "não ficaria surpreendido" se esta também já se encontrasse nos Estados Unidos.
Em declarações à NBC News, o especialista garantiu que a Omicron "ainda não foi detetada" no país, mas que quando "existe um vírus que está a apresentar um grau de transmissibilidade e [que] já tem casos relacionados com viagens", "quase invariavelmente vai acabar por aparecer por toda a parte".
E acrescentou: "A sua capacidade de infetar as pessoas que se recuperaram da infeção e até mesmo quem foi vacinado faz-nos dizer que [a variante] é algo a que temos de prestar muita atenção e estar preparados". "Pode não se verificar, mas queremos estar à frente" da possibilidade.
Recorde-se que, esta sexta-feira, o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças (CDC, na sigla em inglês), asseverou que, até ao momento, não foi detetado qualquer caso da variante Omicron nos Estados Unidos.
"O CDC está a monitorizar constantemente variantes e o sistema de vigilância de variantes dos Estados Unidos detetou de forma fiável novas variantes neste país. Se surgir nos Estados Unidos, esperamos identificar a Omicron rapidamente", fez notar a agência do Departamento de Saúde e de Serviços Humanos em comunicado.
Também ontem, os Estados Unidos impuseram restrições às viagens de cidadãos norte-americanos com proveniência da África do Sul, de Moçambique, Botswana, Lesoto, Namíbia, Maláui, Zimbabué e Eswatini devido ao surgimento desta nova estirpe do coronavírus.
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