Rússia anuncia teste bem sucedido de míssil hipersónico

O exército russo anunciou hoje ter efetuado um novo disparo de ensaio de um míssil cruzeiro hipersónico Zircon, no contexto da corrida a este tipo de armamento que Moscovo considera "invencível".

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Lusa
29/11/2021 13:32 ‧ 29/11/2021 por Lusa

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Rússia

 

O mais recente anúncio de Moscovo ocorre após a imprensa norte-americana ter publicado notícias de que a República Popular da China testou um míssil hipersónico capaz de lançar um projétil em voo, uma tecnologia que nem os Estados Unidos nem a Rússia detêm neste momento.

As Forças Armadas russas afirmaram, através de um comunicado, terem efetuado o disparo do míssil Zircon a partir da fragata Almirante Gorchokov para um alvo situado no Mar Branco, no Ártico.

O disparo foi bem sucedido, segundo as autoridades militares russas, acrescentando que o alvo se situava a 400 quilómetros de distância. 

As imagens noturnas difundidas pelo Ministério da Defesa mostram o momento em que o projétil instalado a bordo do navio de guerra é disparado, sendo visível um clarão e um rasto de fumo.

O primeiro disparo oficial de um míssil Zircon ocorreu em outubro de 2020.

Na altura, o Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou tratar-se de "um grande acontecimento".

Outros disparos do mesmo tipo de arma foram realizados, a partir do mesmo navio e também de um submarino.

O último disparo de um míssil Zircon ocorreu no passado dia 18 de novembro.

No contexto das tensões com os países ocidentais, em particular com os Estados Unidos, a Rússia tem multiplicado os anúncios sobre o uso de novas armas e ensaios com novos dispositivos bélicos que Putin considera "invencíveis" como o míssil Zircon. 

Com um alcance máximo de mil quilómetros, o Zircon deve vir a fazer parte do armamento dos navios de guerra, incluindo submarinos, da Armada russa. 

Os primeiros mísseis hipersónicos de nova geração Avangard são capazes de atingir a velocidade Mach 27 (o que corresponde a 27 vezes a velocidade do som), além de terem capacidade para mudança de rumo e altitude, encontrando-se ao serviço da Armada russa desde 2019.  

Paralelamente, a Rússia procura também desenvolver armas capazes de serem utilizadas no espaço.

Recentemente, Moscovo reconheceu ter destruído um antigo satélite soviético em órbita com o uso de uma nova arma espacial, manobra que provocou fortes críticas por parte dos países ocidentais que acusaram a Rússia de ter colocado em perigo a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

Leia Também: NATO apela à Rússia para diminuir presença na fronteira com a Ucrânia

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