Detido há oito meses, o académico negou as acusações de "conspiração contra a autoridade do Estado" e "branqueamento de capitais" que pesavam contra si no tribunal de repressão de crimes económicos e terrorismo (Criet), que o condenou após um julgamento que durou 16 horas.
Joël Aïvo foi detido a 15 de abril em Porto-Novo, um dia após o anúncio da reeleição do Presidente do Benim, Patrice Talon, com mais de 86% dos votos.
O opositor compareceu ao Criet, um tribunal especial criado em 2016, juntamente com Alain Gnonlonfoun, o responsável financeiro do movimento 'Dynamique Aïvo', e dois militares, um destes reformado.
"Estou a sofrer um vingança política (...). Sabia que as minhas ideias iriam atrapalhar", declarou Aïvo na segunda-feira, na abertura do julgamento.
O Criet é considerado pela oposição um instrumento legal para amordaçar a oposição do Benim.
À partir de quinta-feira, este mesmo tribunal irá julgar Reckya Madougou, ex-ministra presa poucas semanas antes das eleições sob a acusação de querer assassinar uma figura política para impedir as eleições e desestabilizar o país.
A violência irrompeu na semana anterior à votação em vários municípios do centro do país e os manifestantes bloquearam as estradas principais, interrompendo o tráfego de sul a norte.
Os manifestantes, que denunciaram a ausência de uma oposição credível nas eleições de abril, foram dispersados com gás lacrimogéneo e com munição real pela polícia.
Patrice Talon, empresário extremamente rico que fez fortuna com o algodão, eleito pela primeira vez em 2016, é acusado pelos opositores de ter levado o Benim a um regime de cariz autoritário.
As principais figuras da oposição no Benim estão, em grande parte, no exílio.
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