Num evento organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Presidente brasileiro insistiu que a sociedade "deve lidar com o problema" e reclamou do apelo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para a adoção de medidas para limitar a disseminação da Ómicron, estirpe do vírus SARS-CoV-2 que tem seis casos confirmados no país.
Especificamente, a Anvisa, assim como as associações científicas, alertaram que é necessário exigir o certificado de vacinação de quem chega ao Brasil juntamente com um teste negativo à covid-19 para conter um possível novo surto pandémico.
No entanto, Jair Bolsonaro garantiu que isso não está nos planos do Governo e declarou que a crise da saúde deve ser enfrentada já que "ninguém vai ganhar uma guerra dentro de sua trincheira".
Na segunda-feira, devido ao conflito entre Bolsonaro, governadores e autarcas que impuseram a obrigatoriedade do passaporte sanitário nas suas jurisdições, um juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) deu ao Governo brasileiro um prazo de 48 horas para justificar a sua recusa em adotar essa medida sanitária.
O Brasil é um dos países mais afetados pela covid-19 no mundo, já registou 615.744 mortes e mais de 22,1 milhões de casos da doença.
A covid-19 provocou pelo menos 5.261.473 mortes em todo o mundo, entre mais de 265,80 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como "preocupante" pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em cerca de 30 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
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