Marrocos confirma condenação de ativista por "desprezar instituições"

A justiça marroquina confirmou hoje a sentença de um defensor dos direitos humanos condenado, no final de julho, a dois anos de prisão por "desprezo pelas instituições" estatais, adiantou à agência de notícias AFP o advogado de defesa.

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Lusa
13/12/2021 23:59 ‧ 13/12/2021 por Lusa

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Justiça

"O Tribunal de Recurso de Casablanca confirmou a sentença de primeira instância contra Noureddine El Aouaj. A sentença é pesada", indicou Me Abdeslam Bahi.

Preso em meados de junho, Noureddine El Aouaj foi processado por "desprezo pelas instituições constitucionais", "insultos contra os órgãos constituídos" e "apelo à prática do crime", de acordo com a mesma fonte.

"No tribunal, [El Aouaj] disse que não era terrorista nem criminoso. Era um ativista com opiniões. A liberdade de expressão merece cadeia?", questionou o advogado.

Noureddine El Aouaj fazia parte do Movimento 20 de fevereiro (20-F), versão marroquina da Primavera Árabe.

O ativista também integrou grupos de apoio aos jornalistas Omar Radi e Soulaimane Raissouni, detidos em dois casos distintos.

Omar Radi, um jornalista freelance de 35 anos, está a cumprir uma pena de prisão de seis anos num caso duplo de "espionagem" e "violação sexual". A próxima audiência do julgamento de apelação está agendada para 06 de janeiro de 2022.

Por sua vez, Soulaimane Raissouni, de 49 anos, antigo do jornal Akhbar Al Yaoum, foi condenado em primeira instância a cinco anos de prisão por "agressão sexual", tendo o seu julgamento sido adiado de hoje para quarta-feira.

Os dois jornalistas, que demonstram as suas opiniões, afirmam a sua inocência e os apoiantes denunciam "julgamentos políticos".

As autoridades marroquinas, por seu turno, realçam a independência do poder judicial e a conformidade dos procedimentos.

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