As peças, entregues em cerimónia oficial, incluem sobretudo ânforas e vasos, além de alguns bustos, que estiveram expostos em museus norte-americanos, principalmente no Museu Fordham de arte etrusca, grega e romana de Nova Iorque, onde se encontravam 96 das peças agora devolvidas, avaliadas num total de 10 milhões de dólares.
Em comunicado, a procuradoria de Manhattan explicou que a apreensão destas peças foi conseguida ao seguir o rasto de Edoardo Almagià, um italiano ex-residente de Nova Iorque, que tinha montada toda uma rede de "tombalori" (saqueadores de túmulos) na Sicília e Sardenha, que lhe vendia as descobertas que, mais tarde, transportou para os EUA.
No seu apartamento em Nova Iorque, Almagià encontrava-se com todo um conjunto de especialistas (arqueólogos, investigadores ou curadores de museus) a quem vendia a sua mercadoria, atividade que exerceu de forma impune durante dois anos.
Esta operação "revela a importância de os colecionadores e galeristas assegurarem-se de que as peças que compram foram legalmente adquiridas", frisou a procuradoria, o que não aconteceu durante os anos em que as peças estiveram expostas apesar de "constituírem provas de crimes patrimoniais".
A procuradoria lembra ainda que o seu departamento de tráfico de antiguidades já conseguiu que fossem devolvidos à sua origem um total de "700 tesouros", desde agosto de 2020, incluindo a países como Camboja, Paquistão ou Índia.
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