O chefe da polícia do estado de Selangor, Arjunaidi Mohamed, citado pelo jornal malaio The Star, confirmou a morte de oito pessoas, mas as equipas de socorro admitiram que este número pode aumentar.
Chuvas torrenciais durante o fim de semana causaram inundações em várias cidades e aldeias e cortaram as principais vias de tráfego, prendendo milhares de pessoas nas suas casas e veículos durante horas.
As autoridades disseram que cerca de 50.000 pessoas tiveram de sair das suas casas, das quais mais de 34.000 foram alojadas em abrigos temporários nos estados de Kelantan, Terengganu, Pahang, Malaca, Negeri Sembilan, Selangor, Perak e na capital, Kuala Lumpur.
A chuva parou hoje ao fim da manhã (hora local), permitindo às pessoas regressarem às suas casas devastadas e recuperarem os seus pertences.
As fortes chuvas desde sexta-feira foram descritas como as piores dos últimos 100 anos.
"A precipitação [na sexta-feira] excedeu a precipitação média num mês. Está para além das expectativas e acontece apenas uma vez em cem anos", disse o secretário do Ministério do Ambiente Zaini Ujang, citado pela agência de notícias espanhola EFE.
O estado mais rico e mais populoso, Selangor, que rodeia a capital Kuala Lumpur, também foi muito afetado, ao contrário do que é habitual.
O primeiro-ministro, Ismail Sabri Yaakob, disse que a chuva que caiu num dia em Selangor é o equivalente à quantidade normal num mês inteiro, segundo a agência France-Presse.
Ismail Sabri Yaakob anunciou, no domingo, o equivalente a cerca de 21 milhões de euros em ajuda para a reparação de casas e infraestruturas danificadas pelas cheias.
Mais de 66.000 polícias, soldados e bombeiros estavam hoje envolvidos nos esforços de emergência e salvamento de pessoas presas pelas inundações.
A Malásia tem duas estações chuvosas: uma causada pela monção do Sudoeste (maio-setembro) e outra pela monção do Nordeste (outubro-março), que é a mais severa e afeta geralmente a parte oriental da Península Malaia e o Bornéu.
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