Devido à velocidade de transmissão da variante Ómicron, o governo francês decidiu esta terça-feira permitir a venda de autotestes nos supermercados “a título excecional”. A medida estará em vigor até 31 de janeiro.
“Vamos vendê-los a preço de custo. Este é um serviço esperado pelos nossos clientes, à semelhança de máscaras e de gel desinfetante”, disse Dominique Schelcher, presidente da Système U, dona de vários supermercados franceses, na sua conta da rede social Twitter.
Também um porta-voz do Carrefour celebrou o anúncio, que, citado pelo jornal Le Parisien, qualificou como “uma decisão de senso comum”. Os supermercados da cadeia terão stock já esta sexta-feira, adiantou.
L'arrêté autorisant la vente d'autotests est paru ce matin. Nous allons les proposer à prix coûtant dans nos magasins dans les prochains jours. Voilà un service attendu par nos clients, tout comme les masques et les gels.https://t.co/UEuM9CjBw2
— Dominique Schelcher (@schelcher) December 28, 2021
Já Michel-Edouard Leclerc, CEO da cadeia de supermercados E.Leclerc, afirmou à AFP ser “bom aumentar a disponibilidade [dos testes]”, na medida em que, “com a Ómicron, ficou claro que a autotestagem é uma ferramenta essencial para os encontros familiares.”
A venda a preço de custo traduz-se numa redução dos preços praticados nas farmácias (entre quatro a cinco euros). Aliás, segundo o porta-voz dos hipermercados Auchan, “isto significa que os venderemos a menos de dois euros por unidade, quer individualmente ou em caixas de cinco”, cita o Le Parisien. O responsável adiantou ainda que a cadeia tudo fará para que os autotestes estejam disponíveis para compra antes de 31 de dezembro.
Os farmacêuticos, por sua vez, encaram esta decisão de forma menos positiva. O presidente do sindicato nacional alega que nada lhes foi explicado, num momento em que a disponibilidade de autotestes nas farmácias foi alargada a pedido do governo francês.
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