Em declarações ao Liberátion, o diretor-geral do festival, Franck Bondoux, disse que está a ser discutida uma nova data para a 49.ª edição, mas alertou que o futuro do mais importante evento europeu de banda desenhada está ameaçado, se não houver apoios estatais.
À revista Le Point, Franck Bondoux também explicou que não há condições para realizar o festival, depois de ter recebido cancelamentos de profissionais e de grupos escolares, que estariam presentes na próxima edição, e pela retração na participação de outros editores e livreiros.
"E além do mais, há uma outra dimensão fundamental: O festival é um evento festivo. Angoulême é sinónimo de festa e isso não poderá acontecer nestas condições", disse ao Le Point, recordando que já tinha praticamente tudo pronto para a realização do evento.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro francês, Jean Castex, anunciou mais medidas para conter a nova vaga da pandemia da covid-19, incluindo obrigatoriedade de teletrabalho pelo menos três dias por semana e antecipação da toma da terceira dose da vacina, de cinco para três meses.
A partir de janeiro também haverá limites de 2.000 pessoas para eventos em espaços fechados e de 5.000 para eventos ao ar livre, e isso terá implicações no festival de BD.
O Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême acontece habitualmente em janeiro, mas este ano, por causa da covid-19, tinha sido recalendarizado para junho.
No entanto, acabou cancelado, com a organização a anunciar que só voltaria a realizar-se de 27 a 30 de janeiro de 2022.
Leia Também: Autotestes disponíveis "a título excecional" nos supermercados em França