"É encorajador!" É desta forma que o ministro da saúde de Quebec, Christian Dubé, reagiu, esta quinta-feira, ao aumento de agendamentos para a primeira dose da vacina contra a Covid-19, um dia depois de se anunciar que quer um imposto exclusivo para não vacinados.
Christian Dubé tweetou que os pedidos atingiram o número mais alto dos últimos dias. A multa para os não vacinados não se aplicaria àqueles com isenção médica, e nenhum detalhe foi anunciado, mas, apesar disso, muitos preveniram-se e marcaram já a inoculação.
O único facto que as autoridades adiantaram é de que esta "contribuição para a saúde", em forma de imposto, poderia representar uma "quantidade significativa".
O governo de Quebec diz que, embora quase 90% dos cidadãos elegíveis tenham recebido pelo menos uma dose de uma vacina Covid-19, os não-vacinados continuam a ser um 'fardo' para o sistema de saúde pública da província e, por isso, decidiram tomar medidas.
Vaccination :
— Christian Dubé (@cdube_sante) January 12, 2022
Les prises de rdv pour la 1ère dose continuent d’augmenter. Environ 5K rdv ont été pris le 10 janvier et 7K hier, notre record depuis plusieurs jours. Les rdv ont été pris dans toutes les tranches d’âges.
107K doses administrées hier
C’est encourageant!
Segundo o primeiro-ministro do Quebec, François Legault, os 10% dos cidadãos que não receberam nenhuma dose da vacina contra a Covid-19 até agora, não devem "prejudicar" os 90% que já estão vacinados. O governante explicou que, apesar dos adultos não vacinados representarem apenas 10% da população, estes representam 50% dos internados em cuidados intensivos, considerado estes dados "chocantes".
O Quebec já tinha anunciado que os não vacinados serão impedidos de frequentar certos comércios não essenciais, inclusive as lojas de venda de bebidas alcoólicas ou de canábis.
Em muitos outros países, a pressão sobre os não-vacinados está a aumentar. Em França, o governo pretende instituir um passe de vacinação e o Presidente Emmanuel Macron já garantiu que vai "irritar" até ao fim os não vacinados. Alguns países europeus optaram pela vacinação obrigatória, como a Áustria ou Itália, para maiores de 50 anos.
No Canadá, o governo federal está a estudar a possibilidade de privar os canadianos desempregados, que recusem a vacinação, do subsídio de desemprego.
No caso português não há restrições significativas aos cidadãos não-vacinados sendo que a taxa de vacinação no nosso país é uma das mais altas do mundo. Excluindo a dose de reforço, Portugal é o 15.º país com a maior taxa de doses administradas por 100 habitantes do mundo.
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