O diretor-executivo da Pfizer, Albert Bourla, anunciou esta segunda-feira um investimento de 520 milhões de euros em França nos próximos cinco anos para combater a Covid-19. O objetivo é aumentar a produção do comprimido Paxlovid, que nos ensaios clínicos mostrou uma eficácia de quase 90% na prevenção de hospitalizações e mortes em pacientes de alto risco.
Em entrevista ao canal francês BFM TV, Bourla revelou que a farmacêutica e a empresa francesa Novasep estabeleceram uma parceria para a produção da substância ativa do medicamento.
“A Novasep produzirá a substância para uso na nossa rede de fabrico, que deverá contribuir para o esforço geral de produzir 120 milhões de doses de tratamento em 2022”, acrescentou.
A Pfizer espera ainda que a fábrica da Novasep, situada em Mourenx, seja incorporada na sua cadeia global de fornecimento do Paxlovid já durante o terceiro trimestre deste ano. A produção será expandida para outras instalações da empresa francesa em 2023.
Além da produção do comprimido, a Pfizer adiantou que parte dos 520 milhões de euros serão destinados à pesquisa sobre a Covid-19.
Na semana passada, a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) anunciou que está a avaliar o pedido da Pfizer para a comercialização do medicamento.
“A EMA começou a avaliar um pedido de autorização condicional de comercialização para o medicamento antiviral oral Paxlovid” apresentado pela Pfizer Europe MA EEIG, afirmou em comunicado. A mesma nota acrescenta que “avaliará os benefícios e os riscos do Paxlovid dentro de um prazo reduzido e poderá emitir um parecer dentro de semanas”, caso os "dados apresentados sejam suficientemente sólidos”.
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