Sem Covid, Tonga receia que ajuda humanitária leve o vírus para o país
As autoridades estão a trabalhar de forma a garantir que a ajuda é prestada de uma forma que envolva o menor contacto físico possível.
© Reuters
Mundo Tonga
A erupção vulcânica e o tsunami que afetaram o arquipélago de Tonga, na Oceania, têm motivado esforços de várias partes do mundo para prestar apoio humanitário à população local. A ajuda surge numa altura em que a nação não regista qualquer caso de infeção por Covid-19, o que leva as autoridades a preocuparem-se com o eventual despoletar de mais um problema.
Até ao momento, o arquipélago registou apenas um infetado pelo novo coronavírus, já no passado mês de outubro. Determinado a manter a região "livre" da doença, o governo instruiu as autoridades para garantirem que a ajuda é prestada de uma forma que envolva o menor contacto físico possível.
"Em Tonga, estão a ser enviados mantimentos de emergência [...] e são seguidos protocolos rigorosos da Covid aquando da entrega", refere Aaron Davy, do Conselho para o Desenvolvimento Internacional, na Nova Zelândia, citado pela BBC. "O trabalho está a ser feito sem contacto pessoal com a população local", acrescenta.
Diversas agências internacionais estão também a prestar assistência à distância, estando a gestão da resposta no terreno à responsabilidade de autoridades locais e de grupos comunitários. "Temos pessoal e parceiros no país e podemos planear com eles e apoiá-los sem entrar em Tonga", explica Jonathan Veitch, coordenador residente da Unicef para as ilhas do Pacífico, à BBC.
Porém, poderá vir a ser necessário considerar a presença no terreno de especialistas internacionais, para auxiliar na resolução de problemas mais específicos. "Eventualmente poderemos precisar de enviar alguns especialistas em Wash (água, saneamento e higiene) ou reconstrução - e aí teremos de resolver medidas de quarentena seguras com o governo".
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