Numa altura em que a pandemia parece ter fim à vista, segundo as opiniões dos especialistas da OMS, tudo o que não se quer é que uma nova variante nos invada a vida e, por isso, governos e autoridades de saúde estão cautelosos relativamente a novas sublinhagens do vírus.
Não é por isso de estranhar que a subvariante da Ómicron esteja a gerar alguma preocupação. A BA.2, ou ‘Stealth Ómicron’, tem vindo a ganhar força por ser tão contagiosa quanto a versão original (mas mais difícil de detetar em testes PCR), no entanto, segundo o ministro da saúde francês, Olivier Véran, não haverá motivos para alarme.
Véran admite que foram detetados no país cerca de 60 casos da BA.2 e é possível que este número venha a crescer, no entanto, esta subvariante não é mais perigosa que a original, a Ómicron. "É tão contagiosa quanto a Ómicron, mas não mais perigosa", apontou o ministro.
No seguimento destas declarações, também o presidente da Comissão Científica que aconselha o Governo francês, Jean-François Delfraissy, deu o seu parecer numa entrevista à rádio France Info.
Delfraissy indica que a "onda Ómicron não acabou” mas “é diferente” das anteriores. Para Jean-François Delfraissy, trata-se de "uma variante muito mais transmissível, mas muito menos grave". "Vejo as coisas a chegarem a meados de março com um declínio gradual e muito lento em termos de hospitalizações", admite.
Décrue de l’épidémie️ “Le variant Omicron, c’est une autre histoire” déclare Jean-François Delfraissy. “Il est beaucoup plus transmissible mais nettement moins sévère. Notre vision de cette nouvelle infection doit changer”. La vague “n’est pas finie” mais “est différente”. pic.twitter.com/eIqQs5oC1i
— franceinfo (@franceinfo) January 25, 2022
Apesar de, aparentemente, esta subvariante não ser mais perigosa, Delfraissy afirma que está a ser investigada com atenção.
A ‘Stealth Ómicron’ foi detetada inicialmente na Dinamarca e Reino Unido, tendo a agência de saúde britânica já começado a investigar os primeiros caso. A 'Stealth' foi detetada no dia 6 de janeiro mas, até ao momento, não se revelou mais preocupante que as anteriores.
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