Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China afirmou que o país continua a servir como um "motor da recuperação económica global".
A China "alcançou resultados notáveis, que promoveram a recuperação", disse Zhao Lijian, em conferência de imprensa. O responsável considerou as medidas atuais necessárias para "proteger" a saúde dos seus cidadãos.
"A China sempre adotou uma abordagem científica, abrangente e sólida para a prevenção e controlo" do vírus, afirmou.
A China mantém uma política de "zero casos", que envolve a imposição de restrições nas entradas no país, com quarentenas de até três semanas, e testes em massa e medidas de confinamento seletivas quando um surto é detetado.
Estas medidas permitiram ao país asiático conter o vírus a partir da primavera de 2020 e retornar a uma vida quase normal. Mas agora pesam muito na atividade económica.
Citada pela agência France Presse, a vice-diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath, afirmou que a China deve "reajustar" a sua estratégia atual de combate à covid-19.
Com a variante Ómicron, que é muito mais contagiosa, mas menos perigosa, Gopinath estimou que mais confinamentos na China podem ter um "impacto negativo na economia".
"Isto cria o risco não apenas de desacelerar o crescimento, mas também terá consequências muito significativas para as cadeias de fornecimento globais".
Em agosto de 2021, a China fechou parcialmente um dos portos mais importantes do mundo, perto da cidade de Xangai, devido a um surto de covid-19, numa altura em que as interrupções no transporte logístico já pesavam fortemente nas cadeias de abastecimento.
O Fundo Monetário Internacional reviu em baixa na terça-feira a previsão de crescimento para a China, este ano, para 4,8%, de 5,6% em outubro.
A nível global, o FMI espera um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,4%.
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