A manifestação chegou na quinta-feira a Toronto, a 450 quilómetros de Ottawa, e está a recolher o apoio de inúmeras pessoas, que acompanham a rota que está a ser percorrida, noticia a agência EFE.
Alguns membros do Partido Conservador do Canadá também manifestaram apoio a este protesto e descreveram o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, como uma ameaça à liberdade.
A chegada da coluna de camiões a Ottawa culminará num protesto em frente ao parlamento, contra a vacinação obrigatória decretada aos camionistas que atravessam a fronteira em trabalho.
Canadá e Estados Unidos anunciaram há duas semanas que os camionistas que cruzam regularmente a fronteira para o transporte de mercadorias entre os dois países terão que estar vacinados.
Até agora, estes profissionais estavam isentos da exigência de quarentena na chegada a cada um dos países.
Embora o 'Comboio da Liberdade' tenha passado pacificamente por muitas zonas do país, as autoridades temem que membros mais radicais, que se opõe à vacinação em geral e às medidas para conter a pandemia de covid-19, se junto a este grupo em Ottawa.
O chefe da polícia de Ottawa, Peter Sloly, alertou na quarta-feira que grupos nas redes sociais estão a "elaborar uma série de alegações que variam entre inofensivas e ameaçadoras", o que leva as autoridades a estarem vigilantes.
A polícia está também em alerta para a possibilidade de encontros entre grupos a favor e contra a vacinação e medidas de combate à pandemia de covid-19.
Estes camionistas manifestantes tiveram um apoio inesperado na quinta-feira, do empresário norte-americano Elon Musk, através da rede social Twitter.
O CEO da Tesla já tinha no passado apelidado como "facistas" as medidas dos Estados Unidos contra a covid-19.
A covid-19 provocou 5.625.889 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A nova variante Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.
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