O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, alertou esta terça-feira para o “desastre político e humanitário” que poderá ser causado por uma invasão russa à Ucrânia. Em conferência de imprensa, durante uma visita a Kiev, o político reafirmou ainda o apoio britânico à Ucrânia.
“Temos de enfrentar uma realidade sombria que é, enquanto estamos aqui reunidos hoje, mais de cem mil soldados russos estão reunidos na vossa fronteira [da Ucrânia], talvez seja a maior hostilidade contra a Ucrânia das nossas vidas e o potencial destacamento ultrapassa os 30 mil soldados que a Rússia enviou para invadir a Ucrânia em 2014”, começou por afirmar o primeiro-ministro britânico, lembrando que desde então “13 mil ucranianos foram mortos”.
Na ótica de Boris Johnson, “não é preciso dizer” que uma possível invasão russa seria “um desastre político e humanitário”, mas “também seria para a Rússia, para o mundo, um desastre militar”.
O político reafirmou o apoio à Ucrânia, nomeadamente o financiamento de 88 milhões de libras [cerca de 105 milhões de euros], para ajudar “a boa governança e a independência energética” do país.
“Juntamente com outros países, estamos também a preparar um pacote de sanções e outras medidas a serem decretadas no momento em que as primeiras pisadas russas cruzem o território ucraniano”, alertou.
Considerando que o Reino Unido “sempre defenderá” a soberania da Ucrânia, é “essencial que a Rússia dê um passo atrás e escolha o caminho da diplomacia”. “Somos um aliado firme e duradouro da Ucrânia”, frisou.
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