Putin acusa EUA de atrair a Rússia para a guerra

Putin afirmou que não iria ceder na sua posição de garantir aquilo que considera ser a segurança da Rússia.

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Hélio Carvalho
02/02/2022 08:00 ‧ 02/02/2022 por Hélio Carvalho

Mundo

Ucrânia/Rússia

O presidente russo, Vladimir Putin, comentou a crise diplomática no Cáucaso pela primeira vez em semanas, acusando os Estados Unidos e os países ocidentais de criar um cenário desenhado para atrair a Rússia para uma guerra.

"É claro agora que as preocupações fundamentais russas foram ignoradas", disse Putin esta terça-feira, durante a visita do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, segundo noticia a Reuters.

Putin afirmou que não iria ceder na sua posição de garantir aquilo que considera ser a segurança da Rússia. Para o líder russo, uma Ucrânia na NATO seria colocar em cima da mesa uma invasão contrária: ou seja, uma invasão ucraniana à Crimeia, território capturado pelos russos em 2014.

"Vamos imaginar que a Ucrânia se torna membro da NATO e começa estas operações militares. É suposto irmos para a guerra com o bloco da NATO? Alguém pensou bem nisto? Aparentemente, não", afirmou.

O presidente, na liderança do país há mais de duas décadas, atirou ainda uma farpa aos EUA, acusando-os de usar a Ucrânia como um objeto.

"Parece-me que os Estados Unidos não estão tão preocupados com a segurança da Ucrânia, a principal tarefa é conter o desenvolvimento da Rússia. Nesse sentido, a própria Ucrânia é um instrumento para atingir um fim", analisou Putin.

A Rússia mantém cerca de 100 mil tropas junto à fronteira com a Ucrânia, mas tem repetido que estas estarão a realizar exercícios militares. Vários países da NATO ofereceram ajuda e proteção à Ucrânia e os EUA colocaram 8500 militares em alerta, antecipando uma invasão.

Viktor Orbán, um dos líderes autoritários da Europa e aliado de Putin, é um dos nomes na sequência de primeiros-ministros, presidentes e ministros da NATO que viajarão à Rússia para tentar convencer Vladimir Putin a não invadir a Ucrânia.

Na segunda-feira, Boris Johnson reiterou a sua intenção de ir a Moscovo; há duas semanas, foi a vez da ministra alemã dos Negócios Estrangeiros que tentou dissuadir Putin.

A guerra na Ucrânia nunca terminou. Desde a anexação da Crimeia, separatistas russos a leste e governo nacional têm lutado, ainda que esporadicamente.

Leia Também: EUA apontam preocupações da Rússia face à NATO como pretexto para invasão

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