Cleo Smith, a menina de quatro anos que esteve desaparecida durante 18 dias após ser raptada, na Austrália, saiu do acampamento de onde estava com a família após o raptor lhe dizer que a irmã mais nova estava doente e que os pais não conseguiam cuidar de ambas. As declarações foram feitas pela mãe, Ellie Smith, em entrevista ao programa ‘60 Minutes’ do canal australiano Channel 9.
“Ela diz que foi levada porque a sua irmã bebé estava doente. E então ela precisava de ser levada para longe de nós para podermos cuidar da irmã bebé”, contou.
O raptor de Cleo Smith, Terrence Darrell Kelly, de 36 anos, foi detido quando a menina foi encontrada, a 2 de novembro, “bem e com saúde”, numa casa localizada a cerca de 70 quilómetros do parque de campismo de onde desaparecera. No final do mês de janeiro, confessou ser o autor do crime.
A mãe revelou ainda que a menina lhe contou, após ser levada para o hospital para observação, que já não “jantava há muito tempo”. “Fiquei tipo: ‘Não alimentou o meu bebé’. Tipo, há coisas estranhas que passam pelo nosso cérebro. Ninguém a alimentou”, contou.
Mais de três meses depois de ter sido resgatada, Cleo “ainda está diferente”. “Ela ainda está diferente e sempre estará, esta é a nossa vida agora”, afirmou a mãe.
“Como mãe, queres que garantir que os teus filhos fiquem crianças o máximo de tempo possível, porque não queres que eles estejam neste mundo grande e mau. E ela perdeu isso. Tiraram-lhe isso”, acrescentou.
Na altura, a imprensa local revelou que Kelly é “obcecado por bonecas Bratz” e partilhava fotografias suas nas redes sociais com as bonecas. Uma outra fotografia mostra uma divisão repleta destas bonecas.
Quando foi encontrada, Cleo tinha o cabelo loiro cortado e pintado de castanho. “Fiquei com raiva. Alguém tentou mudá-la para que ela se adequasse ao que eles queriam”, desabafou a mãe.
Sublinhe-se que a menina desapareceu na manhã do dia 16 de outubro de 2021, quando estava a acampar com a família. As pistas iniciais indicavam que a criança se teria perdido, mas depois de várias buscas, as autoridades começaram a tratar o caso como um rapto.
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