Alemanha não prevê reforço significativo de forças da NATO no país

A presença da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) na Alemanha não será significativamente reforçada devido à crise na Ucrânia, disse hoje o porta-voz do Governo alemão, Steffen Hebestreit.

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Lusa
11/02/2022 15:45 ‧ 11/02/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"<span class="news_bold">A única coisa que se pode dizer é que os EUA planeiam enviar mais forças para a Europa e que uma pequena parte, cerca de 300 soldados, deverá ser estacionada na Alemanha", disse Hebestreit, citado pela agência espanhola EFE.

A maioria dos cerca de 2.000 soldados enviados pelos Estados Unidos serão destacados para a Polónia, alguns dos quais depois de passarem por bases na Alemanha.

Outros 1.000 militares estacionados em Nuremberga serão deslocados para a Roménia para reforçar o flanco oriental da NATO.

Cerca de 35.000 tropas norte-americanas estão atualmente estacionadas em várias bases militares na Alemanha, a maioria no sul do país, segundo a EFE.

A mais importante é a Base Aérea de Ramstein, a maior base da Força Aérea norte-americana fora dos EUA, onde os soldados são normalmente recebidos e depois enviados para outras partes da Europa.

A base, onde estão estacionados permanentemente cerca de 8.000 soldados, também tem sido logisticamente importante para missões militares em África e na Ásia.

Estugarda, no sudoeste do país, é a sede das Forças Armadas dos EUA na Europa, com 950 militares.

Também em Estugarda está o quartel-general para África, com cerca de 1.500 militares e civis.

Outras bases estão localizadas nos estados da Baviera, Hesse, Renânia-Palatinado e Baden-Württemberg.

Entre as instalações dos EUA está o hospital militar em Landstuhl, o maior hospital das Forças Armadas dos EUA fora do país.

As movimentações de tropas ao serviço da NATO resultam da concentração de dezenas de milhares de forças russas na fronteira ucraniana.

O Ocidente acusa Moscovo de pretender invadir novamente a Ucrânia, depois de lhe ter anexado a península da Crimeia em 2014, e de apoiar, desde então, uma guerra separatista na região do Donbass, no Leste do país.

A Rússia nega qualquer intenção bélica, mas condiciona o desanuviamento da crise a exigências que diz serem necessárias para garantir a sua segurança, incluindo garantias de que a Ucrânia nunca fará parte da NATO.

Leia Também: Relações entre Reino Unido e Rússia "quase a zero", diz ministro

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