Espanha recomenda "seriamente" aos espanhóis para que deixem o país
O Governo de Espanha recomendou hoje aos cidadãos espanhóis atualmente na Ucrânia para que considerem "seriamente" a possibilidade de deixarem temporariamente o país devido à atual situação de segurança causada pelo conflito com a Rússia.
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Mundo Ucrânia
O Ministério das Relações Exteriores recomenda aos espanhóis para que não realizem deslocações à Ucrânia e para que considerem a possibilidade de sair temporariamente deste país "pelos meios comerciais disponíveis, enquanto persistirem as atuais circunstâncias".
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, telefonou hoje ao rei Felipe VI para o informar destas novas recomendações adotadas no âmbito do encontro de embaixadores da União Europeia realizada em Kiev.
Pedro Sánchez informou também o líder do PP, Pablo Casado, e os parceiros de coligação do Governo.
No mesmo sentido, o presidente do Governo mantém comunicação constante com o Rei, enquanto o ministro das Relações Exteriores informará os porta-vozes dos grupos parlamentares.
Por seu lado, Pedro Casado reiterou o apoio do Partido Popular "para que o Governo cumpra as responsabilidades de Espanha no quadro da NATO e da UE", afirmou na sua conta da rede social Twitter depois de falar com Sánchez .
A recomendação de Espanha surge um um dia depois de vários países e organizações internacionais aconselharam os seus cidadãos e funcionários não essenciais das embaixadas a saírem da Ucrânia.
A embaixada dos Estados Unidos em Kiev ordenou hoje a retirada do seu pessoal não essencial, depois de Washington ter alertado para a iminência de uma ofensiva russa contra a Ucrânia.
Face ao agravamento da tensão, os presidentes norte-americano, Joe Biden, e francês, Emmanuel Macron, anunciaram que vão falar hoje, em contactos separados, com o Presidente russo, Vladimir Putin.
O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, também anunciou que vai falar hoje com o seu homólogo russo, Sergei Lavrov.
A Ucrânia e os seus aliados ocidentais acusam a Rússia de ter concentrado dezenas de milhares de tropas na fronteira ucraniana para invadir novamente o país, depois de lhe ter anexado a península da Crimeia em 2014.
A Rússia nega qualquer intenção bélica, mas condiciona o desanuviamento da crise a exigências que diz serem necessárias para garantir a sua segurança, incluindo garantias de que a Ucrânia nunca fará parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
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