Num artigo publicado no jornal The Telegraph, a ministra britânica dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, indicou que não se deve ser levado por uma "falsa sensação de segurança" depois de a Rússia ter indicado que tinha começado a retirar alguns dos seus militares.
"Não devemos deixar-nos levar por uma falsa sensação de segurança por parte da Rússia, que afirma que alguns militares estão a regressar aos seus quartéis, enquanto, de facto, o que acontece é que a acumulação militar russa não mostra sinais de abrandamento", disse Truss.
"Não há provas de que os russos estejam a retirar-se das regiões fronteiriças perto da Ucrânia", insistiu.
A mesma mensagem deixou o ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, afirmando que a Rússia ainda não começou a retirar as suas tropas em torno da Ucrânia, e continua a reforçar essa presença, referindo-se mesmo à construção de uma ponte entre a Bielorrússia e as proximidades da Ucrânia.
"Vemos o oposto de algumas das declarações (feitas pela Rússia). Temos visto um aumento de tropas nas últimas 48 horas, até 7.000 soldados, vimos uma ponte construída da Bielorrússia para a Ucrânia ou perto da Ucrânia", disse à chegada à reunião dos ministros da Defesa da NATO que decorre em Bruxelas.
Sem abandonar a frente da diplomacia, Londres diz, através da sua ministra dos negócios Estrangeiros, que a Rússia poderia prolongar a situação atual por "semanas, se não meses, desafiando a unidade ocidental".
Tuss inicia hoje uma visita à Ucrânia e à Polónia e espera encontrar-se com os seus homólogos ucraniano, Dmitro Kuleba, e o polaco, Zbigniew Rau, para "demonstrar apoio unânime à soberania da Ucrânia" dos países europeus, segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
No sábado, a ministra estará presente na Conferência de Segurança de Munique, onde reforçará os laços com os aliados estratégicos do Reino Unido, acrescentou o ministério.
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