"Decreto a mobilização geral no território da República popular de Lugansk", proclama o decreto assinado por Léonid Passetchnik.
O seu homólogo de Donetsk, Denis Pushilin, tinha antes feito uma declaração em vídeo em que anunciava ter assinado o decreto de mobilização geral e apelava "aos colegas reservistas" para que se apresentassem "para recrutamento militar".
Estes anúncios surgem quando observadores apontam para um "aumento dramático" da violência na linha da frente entre o exército ucraniano e os separatistas apoiados pela Rússia.
As forças armadas ucranianas anunciaram hoje a morte de um soldado ucraniano em combate no leste do país.
Os observadores internacionais da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) informaram na sexta-feira que as violações do cessar-fogo na região oriental ucraniana de Donbas registaram um "aumento significativo".
A OSCE registou 222 violações de cessar-fogo na área de Donetsk, das quais 135 foram explosões. Já em Luhansk foram verificadas 648 violações, das quais 519 foram explosões, disse a OSCE num relatório.
Estes números refletem um aumento significativo da violência armada na Ucrânia oriental, concluiu a organização, reiterando "a necessidade" de se abster do uso da força e de escalar uma situação "já tensa".
As forças governamentais ucranianas estão a combater as forças separatistas pró-russas na região de Donbas. Ambas as partes se acusaram mutuamente de dezenas de violações do cessar-fogo.
Entretanto, milhares de pessoas foram deslocadas das regiões de Lugansk e Donetsk para a região russa de Rostov, no leste do país.