Os quatro militares franceses, que escoltavam o chefe de Estado-Maior da missão de estabilização da ONU na RCA (Minusca) quando foram detidos, na tarde de segunda-feira, no aeroporto da capital, "são portadores de carteiras de identidade da ONU" e "não estão livres", estão "detidos" no país, afirmou o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, na conferência de imprensa diária.
"O comandante da força" das forças de paz da ONU e o vice do enviado da ONU neste país "foram recebidos pelo presidente para tratar deste dossier", adiantou o porta-voz,
O procurador público em Bangui anunciou que a República Centro-Africana abriu hoje uma investigação após a prisão, no dia anterior, dos quatro soldados do corpo da Legião Estrangeira do exército francês operando sob a bandeira da ONU.
"A procuradoria [ministério Público] decidiu abrir uma investigação regular para esclarecer os fatos", anunciou na rádio estatal o procurador Laurent Lengande .
Este incidente com os militares franceses ocorreu no momento em que as relações entre a França e a sua ex-colónia estão cada vez mais tensas, exacerbadas por uma guerra de influência entre Paris e Moscovo, neste país em guerra civil desde 2013.
Portugal está presente na RCA, com 191 militares integrados na missão das Nações Unidas e outros 26 militares no âmbito da missão da União Europeia (EUTM-RCA) de formação e aconselhamento das forças de segurança e defesa.
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