Reino Unido proíbe Aeroflot e congela bens do banco VTB

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou hoje que que vai proibir a companhia aérea russa Aeroflot no Reino Unido e congelar os ativos do banco VTB, num novo pacote sanções para castigar a Rússia pela invasão da Ucrânia. 

Notícia

© Lusa

Bruno J. A. Manteigas
24/02/2022 18:07 ‧ 24/02/2022 por Bruno J. A. Manteigas

Mundo

Rússia

Numa declaração no Parlamento, Johnson disse que as novas sanções vão "excluir totalmente os bancos russos do sistema financeiro britânico", impedindo que os pagamentos passem pelo Reino Unido. 

O VTB é um dos maiores bancos da Rússia, com ativos estimados de 154.000 milhões de libras (184.000 milhões de euros), tendo estado envolvido no processo das "dívidas ocultas" em Moçambique. 

As medidas vão ser tomadas em conjunto com os EUA, vincou, com o objetivo de atingir as empresas russas, cujas transações são feitas, em cerca de metade, em dólares norte-americanos e libras esterlinas.  

O Governo vai também proibir empresas estatais e privadas russas de angariar financiamento ou comercializar títulos no Reino Unido e limitar o valor monetário que pode ser depositado em contas bancárias no Reino Unido. 

As sanções vão estender-se à Bielorrússia por ter acolhido algumas das tropas que invadiram a Ucrânia, resultando, no total, no congelamento de bens em mais uma centena de novas entidades e indivíduos a somar às centenas já sujeitas a sanções. 

O Governo britânico vai também impor "controlos rigorosos" sobre alguns componentes eletrónicos, de telecomunicações e aeroespaciais.   

"Estas sanções vão limitar as capacidades militar, industrial e tecnológica da Rússia durante muitos anos", prometeu.

Outra medida é a criação de uma "Célula contra a Cleptocracia" na Agência de Combate ao Crime para identificar a evasão às sanções e bens russos escondidos no Reino Unido. 

"Isso implica que os oligarcas em Londres não vão poder esconder-se", disse. 

Legislação para tornar mais transparente a propriedade de imobiliário e empresas também vai ser introduzida que pode atingir investidores russos. 

Porém, Londres não avançou com a exclusão da Rússia do sistema de pagamentos bancários SWIFT, alegando ser necessária a "unidade dos nossos parceiros no G7 e outros grupos".

Johnson considerou este "o maior e mais severo pacote de sanções económicas que a Rússia já viu", o qual foi aprovado pelos partidos da oposição.

Depois de ter participado esta tarde numa videoconferência com líderes do G7, o primeiro-ministro britânico revelou que vai participar numa reunião de líderes dos países da NATO na sexta-feira. 

Vai convocar os países que contribuem para a Força Expedicionária Conjunta, liderada pelo Reino Unido e que inclui membros da NATO e não membros da NATO.

Uma nova reunião do comité de emergências COBRA terá lugar esta tarde, seguido por um Conselho de Ministros à noite, adiantou um porta-voz do Governo. 

A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um "pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk", no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.

Leia Também: "Rússia invade Ucrânia". O conflito aos olhos da imprensa internacional

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas