A resolução, apresentada pelos Estados Unidos da América e Albânia, foi aprovada por 11 países. A Rússia votou contra, os Emirados Árabes Unidos, a China e a Índia abstiveram-se.
Apesar de a Rússia ter votado contra, nenhum veto poderia ser acionado nesta sessão por um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, incluindo a Rússia, de acordo com um procedimento estabelecido em 1950 e intitulado "A união para a manutenção da paz".
Na sexta-feira, a Rússia pôde vetar uma resolução dos Estados Unidos e da Albânia que condenava a invasão russa e exigia a retirada imediata das tropas da Ucrânia.
A resolução hoje adotada justifica a convocação da sessão extraordinária da Assembleia-Geral com a "falta de unanimidade" na sexta-feira dos membros permanentes do Conselho de Segurança, que "o impediu de exercer a sua responsabilidade primordial pela manutenção da paz e segurança internacionais".
A sessão extraordinária da Assembleia-Geral da ONU será aberta pelo presidente deste órgão, Abdulla Shahid, e pelo secretário-geral da ONU, António Guterres.
Na segunda-feira, a pedido da França, haverá uma nova reunião de emergência do Conselho de Segurança, a quinta numa semana, desta feita para abordar a crise humanitária causada na Europa pelo conflito.
A França pretende que seja adotada uma resolução a exigir "o fim das hostilidades e a proteção de civis", bem como o "acesso humanitário sem restrições".
Hoje, a posição sobre esta resolução por parte da Rússia, que pode utilizar o seu direito de veto, ainda não era conhecida.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram cerca de 200 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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