Zelensky deplora ataque em local onde judeus foram massacrados por nazis
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou hoje Moscovo de tentar "apagar" a Ucrânia e a história do país apelando aos judeus "a não ficarem em silêncio" face aos ataques russos contra a zona de Babi Yar, Kiev, local de massacres nazis.
© Getty
Mundo Ucrânia
"Eles têm ordens para apagar a nossa História, o nosso país, para nos apagar a todos", declarou Zelenzky em declarações difundidas hoje de manhã.
O chefe de Estado da Ucrânia, de origem judaica, apela ao "mundo a não ficar neutro" perante a agressão da Rússia referindo-se ao ataque que atingiu a zona de Babi Yar, nos arredores de Kiev.
Baby Yar foi o local nos arredores de Kiev onde as tropas da Alemanha nazi massacraram 34 mil judeus e cidadãos de origem cigana em 1941.
Na mesma declaração, o presidente da Ucrânia apelou aos "judeus de todo o mundo" para se manifestarem contra a invasão da Rússia, sublinhando que o local do massacre de 1941 foi afetado por se encontrar junto às instalações da televisão de Kiev.
As antenas de televisão foram atingidas pelo ataque russo de terça-feira.
"É importante que milhões de judeus, em todo o mundo não fiquem em silêncio" afirmou Zelensky.
"O nazismo nasceu em silêncio. É preciso gritar (para denunciar) que os civis estão a ser mortos. É preciso gritar porque os ucranianos estão a ser assassinados", acrescentou.
O presidente russo, Vladimir Putin, tem acusado o homólogo ucraniano de ser um "neonazi" para justificar a "operação militar" da Rússia na Ucrânia.
[Notícia atualizada às 09h10]
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