O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse hoje que a Rússia está pronta para a segunda rodada de negociações com a Ucrânia.
Não é claro ainda se a Ucrânia irá aparecer nesta segunda ronda. Dmitry Peskov indica que há informações contraditórias sobre estas negociações.
Refira-se que Volodymyr Zelenskiy disse na terça-feira, dia 1 de março, que a Rússia deve parar de bombardear cidades ucranianas antes que as negociações possam continuar, por isso, tendo em conta que os bombardeamentos não abrandaram, as negociações podem não acontecer.
Peskov acrescentou ainda que Moscovo precisa encontrar uma resposta dura, ponderada e clara às sanções ocidentais impostas devido à invasão à Ucrânia.
A data para uma segunda rodada de negociações estará "em discussão".
A primeira ronda de negociações foi feita na segunda-feira tendo Zelenky afirmado que tinha recebido "alguns sinais" nas negociações com Rússia.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e cerca de 680 mil refugiados.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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