O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Índia apelou, esta quarta-feira, aos seus cidadãos que deixem a segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, até ao final do dia, devido aos ataques das forças russas na região.
“Fizemos esta recomendação com base em informações dadas pelo lado russo”, disse Arindam Bagchi, porta-voz do Ministério, citado pela Reuters.
Nesse sentido, o governo indiano apela a que os estudantes saiam de Kharkiv até às 16h00, para sua segurança.
Pelo menos um estudante indiano morreu, na terça-feira, devido aos bombardeamentos na cidade ucraniana, enquanto milhares continuam presos naquele que é um cenário de guerra. O número de estudantes no local não é conhecido, mas, segundo Bagchi, cerca de 17 mil de 22 mil indianos já abandonaram a Ucrânia, a sua maioria estudantes de medicina.
2nd Advisory to Indian Students in Kharkiv
— India in Ukraine (@IndiainUkraine) March 2, 2022
2 March 2022.@MEAIndia @PIB_India @DDNewslive @DDNational pic.twitter.com/yOgQ8m25xh
A Rússia lançou, na passada quinta-feira de madrugada, uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kyiv. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar Moscovo.
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