O ministro da Defesa do Reino Unido rejeitou, esta quarta-feira, a ideia de uma zona de exclusão aérea na Ucrânia. Apesar de reconhecer que há o risco de o presidente russo “agredir de forma grave” as cidades ucranianas a partir do ar, Ben Wallace diz que fechar o espaço aéreo seria contraproducente.
Segundo o responsável pela pasta da Defesa, a eventual zona de exclusão aérea levará “a uma guerra contra a Rússia por toda Europa”.
Em declarações ao programa britânico BBC Breaksfast, Ben Wallace argumentou ainda que o encerramento do espaço aéreo iria dar vantagem a Moscovo, que, segundo ele, tem tropas mais fortes no terreno.
“Se houvesse uma zona de exclusão aérea na Ucrânia, o exército esmagador russo poderia conduzir com impunidade, algo que agora não consegue”, disse, durante o programa televisivo emitido pela BBC.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kyiv. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar Moscovo.
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