EUA põem procuradores a processar oligarcas russos e quem viole sanções
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América (EUA) encarregou hoje uma dezena de procuradores de processarem "os oligarcas russos corruptos" e todos aqueles que violem as sanções adotadas por Washington contra Moscovo após a invasão da Ucrânia.
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Mundo Ucrânia
"Não pouparemos esforços para investigar, prender e processar todos aqueles cujos atos criminosos permitem ao Governo russo continuar esta guerra injusta", disse o procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, num comunicado em que detalha a formação de uma unidade dedicada a estes processos, anunciada no dia anterior pelo Presidente norte-americano, Joe Biden.
Denominada "Kelptocapture", a unidade terá pelo menos dez procuradores, bem como investigadores da polícia federal, mas também fiscais dos impostos ou dos serviços postais.
Os procuradores estão encarregues de processar todos aqueles que violarem qualquer uma das sanções impostas à Rússia, em especial as tomadas contra as instituições financeiras russas, por exemplo, através do controlo da utilização de criptomoedas, antes e desde o início das hostilidades na Ucrânia, bem como as medidas que podem ainda vir a ser decididas.
Poderão apreender bens pertencentes a pessoas visadas por sanções se forem resultado de "conduta ilegal", adiantou o Departamento de Justiça (o equivalente ao Ministério da Justiça).
Por enquanto, os bens de alguns oligarcas estão congelados, o que significa que não podem vendê-los ou alugá-los, mas mantêm a propriedade.
No discurso do Estado da União, proferido no Congresso na terça-feira à noite, o Presidente Joe Biden ameaçou os oligarcas russos com a apreensão dos seus "iates, apartamentos de luxo e jatos privados", obtidos com "ganhos ilícitos".
A Federação Russa lançou na passada quinta-feira uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades.
O ataque foi condenado pela maioria da comunidade internacional e a União Europeia e os EUA, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar o regime de Moscovo.
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