Esta medida acontece quando a invasão da Ucrânia pela Rússia entra na sua segunda semana.
Classificando o Presidente russo, Vladimir Putin, de "nazi", o autarca de Vilnius, Remigijus Simasius, explicou que queria comunicar-lhe "que os ucranianos realmente existem e que a sua sociedade tem heróis autênticos".
A placa com o nome da rua no muro "lembrará a Putin que Haia o espera", acrescentou, aludindo ao Tribunal Penal Internacional (TPI), que julga os responsáveis de crimes de guerra, de crimes contra a humanidade e genocídio.
O TPI já iniciou uma investigação sobre eventuais crimes de guerra na Ucrânia. A justiça lituana lançou a sua própria investigação sobre o assunto e a Polónia está a planear uma.
O endereço atual da embaixada situa-o na vizinha rua Letónia. O nome deste último não mudará, mas o pequeno beco que leva diretamente à missão diplomática agora evocará os combatentes ucranianos.
O autarca detalhou que a assembleia municipal vai adotar esta decisão na próxima semana.
Esta não é a primeira vez que Vilnius tem este tipo de ações relativamente à Rússia. Em 2018, uma praça frente à embaixada recebeu o nome de Boris Nemtsov, um opositor russo assassinado por desconhecidos.
Tanto a Lituânia como os seu vizinhos bálticos, Estónia e Letónia, anteriormente ocupados pela URSS e agora membros da União Europeia (UE) e da NATO, temem a atual política russa.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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