O centro vai abrir "a partir de 09 de março com a receção e distribuição de equipamentos de proteção para os jornalistas", adiantou a RSF, citada pela agência francesa AFP.
Gerido com o seu "parceiro local, o Instituto para a Informação de Massas (IMI)", o centro destina-se aos "jornalistas em perigo", indicou a RSF.
O objetivo é que seja um local onde se guardem "equipamentos de proteção dos jornalistas, nomeadamente os coletes à prova de bala e os capacetes, que atualmente estão em falta", segundo a organização não-governamental (ONG).
"O local será também um centro de recursos para jornalistas com necessidades financeiras ou psicológicas", adiantou a ONG que se dedica a defender a liberdade de imprensa.
O centro vai ser instalado no Centro de Media para a Imprensa Estrangeira (Foreign Press Media Center) de Lviv, uma sala de imprensa montada pelas autoridades municipais locais.
Os jornalistas estrangeiros podem trabalhar no local entre as 08:00 e as 20:00, tendo ligação à Internet, capacidade de transmissão em direto e abrigo em caso de ataque, adiantou a RSF.
"A RSF e o IMI recebem diariamente centenas de pedidos de jornalistas a precisar de assistência, seja transporte, ajuda humanitária ou material de reportagem", referiu a ONG.
A RSF vai também disponibilizar a sua tecnologia "Collateral Freedom em benefício dos media independentes ucranianos ou russos censurados, para contornar o bloqueio da internet".
Para os jornalistas ucranianos e internacionais no local "as necessidades são imensas e vão de 'kits' de primeiros socorros a ajuda humanitária, de equipamentos de proteção ao financiamento", disse o secretário-geral da RSF, Christophe Deloire, em comunicado.
"Apelamos aos doadores internacionais e aos media que contactem a RSF para enviar os fundos e o material necessário para os dias que se seguem", pediu a organização, na mesma nota informativa.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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