O fundo de auxílio a catástrofes, no valor total de três milhões de euros, destina-se a reforçar as medidas de emergência em apoio à Ucrânia na sequência da invasão russa, que dura há já nove dias.
"O fundo de apoio conta beneficiar organizações internacionais e locais de apoio humanitário que estão em missão no território ucraniano e em estados vizinhos da Europa Oriental", refere a farmacêutica, indicando que o fundo inclui também a resposta inicial da empresa, que disponibilizou 300 mil euros à Cruz Vermelha Alemã logo após os primeiros ataques.
Em seis dias, a Bayer já doou 600 mil euros à Cruz Vermelha Alemã e no início da semana enviou para a Ucrânia antibióticos e materiais médicos esterilizados que permitirão apoiar a resposta médica a até 27 mil doentes.
A farmacêutica adianta que irá também criar uma plataforma para que os colaboradores possam oferecer abrigo temporário às famílias de colegas provenientes da Ucrânia e organizar campanhas de voluntariado local.
"Neste momento tão difícil, os nossos pensamentos e solidariedade estão com o povo ucraniano. A segurança dos nossos empregados é agora a nossa principal prioridade. Estamos também a fazer tudo o que podemos para garantir ainda mais o fornecimento dos nossos produtos à população civil", sublinhou o presidente executivo, Werner Baumann, citado em comunicado.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
Leia Também: Ucrânia. Conselho da UE adota oficialmente lei para acolher refugiados