França vai propor medidas para garantir segurança de centrais nucleares

O Presidente francês, Emmanuel Macron, "vai propor nas próximas horas [...] medidas concretas para garantir" a segurança das cinco centrais nucleares na Ucrânia, encontrando-se "extremamente preocupado com os riscos" da invasão russa, foi hoje anunciado.

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Lusa
04/03/2022 23:15 ‧ 04/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

Segundo a Presidência francesa, "a Rússia e a Ucrânia devem chegar a um acordo" com base nessas propostas, resultantes dos critérios da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), para "garantir em conjunto a preservação da segurança" desses locais.

Emmanuel Macron "condena veementemente qualquer ataque à integridade das centrais nucleares ucranianas provocado pelas forças russas [...]. É imperativo garantir a sua segurança e proteção", realçou o Palácio do Eliseu.

"A Rússia também deve permitir o acesso livre, regular e desimpedido das pessoas às centrais para garantir a operação contínua e segura", acrescentou.

Após o bombardeio noturno da central de Zaporiyia, a maior da Europa, o G7, do qual a França é membro, pediu à Rússia que deixe de atacar "nas imediações das centrais nucleares ucranianas".

"Qualquer ataque armado e qualquer ameaça contra instalações nucleares utilizadas para fins pacíficos constitui uma violação dos princípios da Carta das Nações Unidas, do direito internacional [...]", de acordo com os países do G7 que abrange Alemanha, Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Canadá e Japão.

O grupo diz apoiar a iniciativa do diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, "em favor de um acordo entre a Ucrânia e a Rússia que garanta a segurança das centrais nucleares na Ucrânia".

Emmanuel Macron também conversou hoje com Rafael Grossi.

"A Rússia deve cessar imediatamente as suas ações militares ilegais e perigosas para permitir o controlo total das autoridades ucranianas sobre todas as instalações nucleares dentro das fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia", afirmou Paris.

Leia Também: Ucrânia. Pentágono diz que não houve fuga radioativa em Zaporiyia

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