"Mostrem isto às mães russas". Olena Zelenska condena morte de crianças

A mulher do presidente ucraniano frisou que são “necessários” corredores nas cidades mais afetadas e que “centenas de crianças morrem” em ‘bunkers’ "sem comida e cuidados médicos".

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© PressOffice of Ukrainian Presidency/Anadolu Agency via Getty Images

Márcia Guímaro Rodrigues
07/03/2022 09:59 ‧ 07/03/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Guerra na Ucrânia

Olena Zelenska, mulher do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, recorreu às redes sociais para divulgar a história de algumas das crianças que morreram desde o início da invasão russa da Ucrânia e acusou as tropas russas de matarem “consciente e cinicamente”. 

A primeira-dama ucraniana lembrou Kirill, o menino de 18 meses levado para o “hospital de urgência pelos pais” após ficar ferido num bombardeamento, mas “os médicos não puderam fazer nada”.

Alice “poderia ter completado oito anos”, mas “morreu num bombardeamento com o avô, que a protegia”.

Polina, de nove anos, morreu em Kyiv, também durante um bombardeamento “nas ruas da capital, junto dos pais e do irmão”. A irmã, a única sobrevivente, permanece em estado crítico.

Arseniy, de 14 anos, foi “atingido por um por fragmento de um projétil na cabeça”. “Os médicos não o conseguiram ajudar no tiroteio. Arseniy sangrou até à morte”, frisou Olena.

Por último, Sofia, de seis anos, o irmão, de um mês e meio, a mãe, o avô e a avó “foram mortos a tiro no carro” quando tentavam sair de Nova Kakhovka. 

Estas são apenas algumas das “38 crianças que já morreram na Ucrânia”. Um número que, segundo a primeira-dama ucraniana, “pode estar a aumentar neste exacto momento” devido aos “bombardeamentos” nas “cidades pacíficas”.

“Quando as pessoas na Rússia dizem que as suas tropas não estão a prejudicar a população civil, mostrem-lhes estas fotos. Mostrem o rosto destas crianças que nem tiveram a hipótese de crescer. Quantas mais crianças devem morrer para convencer as tropas russas a parar de disparar e a permitir os corredores humanitários?”, questionou na publicação.

Olena Zelenska frisou que são “necessários” corredores nas cidades mais afetadas e que “centenas de crianças morrem” em ‘bunkers’ "sem comida e cuidados médicos". “Os soldados russos disparam em famílias que tentam deixar os prédios. Eles também matam voluntários que tentam ajudar”, denunciou.

Num apelo dirigido “a todos os meios de comunicação imparciais do mundo”, Olena pede para ser dita a “terrível verdade”: “os invasores russos estão a matar crianças ucranianas”.

“Mostrem isto às mães russas - deixem-nas saber exatamente o que os seus filhos estão a fazer aqui, na Ucrânia. Mostrem estas fotos às mulheres russas - os maridos, irmãos, compatriotas estão a matar crianças ucranianas”, reiterou.  “Que eles saibam que são pessoalmente responsáveis ​​pela morte de todas as crianças ucranianas porque deram seu consentimento tácito a esses crimes.”

Por fim, Olena dirigiu-se à NATO e pediu o encerramento do espaço aéreo da Ucrânia. “Salvem os nossos filhos, porque amanhã salvará os seus”, terminou. 

Leia Também: Quem é Olena, a mulher de Zelensky que (tal como ele) se recusa a fugir

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