Terminou mais uma ronda de negociações entre Moscovo e Kyiv e, aparentemente, com "pequenos resultados positivos", segundo relatado por um negociador ucraniano citado pela agência Reuters.
O encontro, que decorreu na região de Brest, na Bielorrússia, poderá ter encontrado pontos de acordo no que diz respeito a potenciais corredores humanitários.
"Alcançámos alguns resultados positivos no que diz respeito à logística dos corredores humanitários", disse Podoliak, assessor da presidência ucraniana, na sua conta na rede social Twitter.
Antes do início do encontro, que decorreu na Bielorrússia, perto da fronteira polaca, o chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, tinha dito que os negociadores iam discutir três blocos de questões, nomeadamente, "resolução da política interna, aspetos humanitários internacionais e resolução de questões militares".
O estabelecimento de corredores humanitários que garantam a retirada de civis de cidades devastadas pela guerra mostrou-se difícil nos últimos dias, com a Ucrânia a acusar a Rússia de continuar os bombardeios sem qualquer sinal de abrandamento que permita a evacuação segura das cidades.
Numa fuga desesperada pela sobrevivência já morreram civis, incluindo crianças, sem que os corredores humanitários tenham servido como zona segura.
Recorde-se que a Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar contra a Ucrânia sob pretexto de querer "desnazificar" o país.
De acordo com as autoridades de Kyiv, a guerra, que já conta com 12 dias de destruição, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil e terá já provocado 11 mil baixas entre os soldados russos, informação que o Kremlin não confirma.
Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,5 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU, e estima-se que esse número possa vir a aumentar tornando-se esta a maior crise de refugiados na Europa nos últimos anos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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