EUA alertam que entrega de armas às forças ucranianas pode complicar-se

A secretária de Estado Adjunta dos Estados Unidos, Wendy Sherman, alertou hoje que a entrega de armas à Ucrânia pode tornar-se mais complicada nos próximos dias, defendendo que o Ocidente terá de encontrar "outras rotas".

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Lusa
08/03/2022 07:25 ‧ 08/03/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"A comunidade internacional tem sido muito recetiva e encontrou formas de transportar o material de 'guerra' para a Ucrânia, mas poderá ficar complicado nos próximos dias e vamos ter de encontrar outras rotas", referiu à imprensa Wendy Sherman, em Madrid (Espanha).

Vários países ocidentais enviaram armas, munições e financiamento para a Ucrânia desde o início da invasão russa.

Em fevereiro, os Estados Unidos autorizaram o envio de 350 milhões de dólares (321 milhões de euros) em equipamentos militares para apoiar o Governo ucraniano.

Os dirigentes da União Europeia, por sua vez, acordaram em financiar a aquisição e entrega de armas à Ucrânia no valor de 450 milhões de euros.

Kiev pediu aos aliados ocidentais que aumentem a ajuda militar, incluindo o fornecimento de caças.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, implorou aos vizinhos do Leste da Europa que forneçam aviões de fabrico russo, uma vez que os pilotos ucranianos estão treinados para os pilotar.

"É fundamental que o que enviamos seja o que o presidente Zelensky está a pedir, porque ele sabe o que o seu Exército mais precisa", acrescentou a secretária de Estado Adjunta norte-americana, que se encontra numa viagem de uma semana a Espanha, Turquia e norte de África.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.

Os ataques provocaram também a fuga de mais de 1,7 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Leia Também: EUA acreditam que Rússia usará força militar até meados de fevereiro

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