Nicolás Maduro revelou, esta segunda-feira, interesse em aumentar a produção de petróleo na Venezuela, caso uma das sanções impostas à Rússia seja a comercialização do petróleo nos mercados.
Segundo o New York Times, o presidente da Venezuela ter-se-á comprometido a aumentar a produção deste recurso natural numa reunião com as autoridades estadunidenses este fim-de-semana, numa reunião que terá sido "respeitável, cordial, diplomática".
Apesar da procura por outra fonte de petróleo, de forma a evitar que as sanções impostas à Rússia prejudiquem os consumidores, alguns membros republicanos do Congresso dos Estados Unidos foram críticos em relação ao aumento da compra do petróleo produzido pela Venezuela. "A Casa Branca ofereceu-se para abandonar aqueles que procuram fugir da Venezuela em troca de uma quantidade insignificante de petróleo", escreveu o senador Marco Rubio, da Flórida, no Twitter.
Aquí está, como les dije antes, la Casa Blanca ofreció abandonar a quienes buscan la libertad de #Venezuela a cambio de una cantidad insignificante de petróleo y este anuncio del narcodictador #Maduro https://t.co/9tKX0vknKG
— Marco Rubio (@marcorubio) March 8, 2022
Também da parte dos democratas surgiram algumas críticas, tendo o senador Robert Menendez, de Nova Jérsia, escrito, em comunicado citado pelo New York Times, que um eventual acordo com a Venezuela traria "riscos de perpetuar uma crise que desestabilizou a América Latina e as Caraíbas a uma geração".
Atualmente, existem sanções ao petróleo produzido pela Venezuela impostas pelos Estados Unidos, de forma a enfraquecer o governo de Maduro. Para além das questões burocráticas, Saul Kavonic, um analista energético citado pela mesma publicação, defende que, a acontecer, o aumento da produção de petróleo não será tão rápido como é necessário. "Todas as opções terão que estar em cima da mesa como alternativa. Nenhuma fonte de petróleo - quer seja a Arábia Saudita, Venezuela, Irão, os EUA - será capaz de sozinha chegar perto para substituir a totalidade do abastecimento da Rússia, se todas as exportações forem proibidas", explicou ao jornal.
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