EUA e Venezuela discutem possível acordo para aumento do petróleo

Atualmente, existem sanções ao petróleo produzido pela Venezuela impostas pelos Estados Unidos, de forma a enfraquecer o governo de Maduro.

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Notícias ao Minuto
08/03/2022 08:15 ‧ 08/03/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia

Nicolás Maduro revelou, esta segunda-feira, interesse em aumentar a produção de petróleo na Venezuela, caso uma das sanções impostas à Rússia seja a comercialização do petróleo nos mercados.

Segundo o New York Times, o presidente da Venezuela ter-se-á comprometido a aumentar a produção deste recurso natural numa reunião com as autoridades estadunidenses este fim-de-semana, numa reunião que terá sido "respeitável, cordial, diplomática".

Apesar da procura por outra fonte de petróleo, de forma a evitar que as sanções impostas à Rússia prejudiquem os consumidores, alguns membros republicanos do Congresso dos Estados Unidos foram críticos em relação ao aumento da compra do petróleo produzido pela Venezuela. "A Casa Branca ofereceu-se para abandonar aqueles que procuram fugir da Venezuela em troca de uma quantidade insignificante de petróleo", escreveu o senador Marco Rubio, da Flórida, no Twitter.

Também da parte dos democratas surgiram algumas críticas, tendo o senador Robert Menendez, de Nova Jérsia, escrito, em comunicado citado pelo New York Times, que um eventual acordo com a Venezuela traria "riscos de perpetuar uma crise que desestabilizou a América Latina e as Caraíbas a uma geração".

Atualmente, existem sanções ao petróleo produzido pela Venezuela impostas pelos Estados Unidos, de forma a enfraquecer o governo de Maduro. Para além das questões burocráticas, Saul Kavonic, um analista energético citado pela mesma publicação, defende que, a acontecer, o aumento da produção de petróleo não será tão rápido como é necessário. "Todas as opções terão que estar em cima da mesa como alternativa. Nenhuma fonte de petróleo - quer seja a Arábia Saudita, Venezuela, Irão, os EUA - será capaz de sozinha chegar perto para substituir a totalidade do abastecimento da Rússia, se todas as exportações forem proibidas", explicou ao jornal. 

Leia Também: Embaixador chinês na ONU apela à diplomacia e critica sanções à Rússia

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