Os funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU) estão impedidos de se referir ao conflito entre a Ucrânia e a Rússia como “guerra” ou “invasão”, revela o jornal The Irish Times.
Segundo a publicação, que teve acesso a um e-mail da organização, os funcionários foram instruídos a utilizar os termos “conflito” ou “ofensiva militar” para descrever a invasão da Ucrânia e a não acrescentar a bandeira ucraniana às suas contas pessoais nas redes sociais.
“Alguns exemplos específicos de linguagem para usar/não usar neste momento”, lia-se no e-mail. E acrescenta: “[Use] ‘conflito’ ou ‘ofensiva militar’ e NÃO ‘guerra’ ou ‘invasão’ quando se referir à situação na Ucrânia”.
Sobre a utilização da bandeira ucraniana, um ato considerado de solidariedade para com o país, a ONU pede que “não se adicione” o símbolo nas “contas ou sites, pessoais ou oficiais, de redes sociais”.
Segundo explicou a organização no mesmo e-mail, a política justifica-se com a necessidade de evitar um “risco de reputação” e ser “imparcial”. “Este é um lembrete importante de que nós, enquanto funcionários públicos internacionais, temos a responsabilidade de ser imparciais”, lê-se.
“Existe uma séria possibilidade de risco de reputação, que foi sinalizada por altos funcionários recentemente”, acrescenta.
A ofensiva militar russa na Ucrânia vai já no 13.º dia. Segundo Kyiv, mais de dois mil civis ucranianos morreram. Há ainda mais de 1,7 milhões de refugiados.
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