Kharkiv, no norte da Ucrânia, tem sido palco de guerra do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, o que provocou destruição e milhares de feridos não só militares e civis adultos como também crianças que lutam pela vida.
Num hospital infantil nesta cidade, um médico inclinou-se sobre um menino deitado numa cama e perguntou: "Pequeno Vova, como estás?" e o menino respondeu: "Estou bem", tão baixo que quase não se ouviu. "Tudo bem", repetiu o médico, satisfeito com o que ouviu.
Os médicos explicaram que Vova foi atingido por uma bala na cabeça durante os combates nos primeiros dias da invasão, o que aconteceu com muitas outras crianças que chegaram ao hospital para serem tratadas por estilhaços e ferimentos de bala.
O oficial da polícia regional ucraniana, Serhiy Bolvinov, disse, segundo a Reuters, esta terça-feira, que 170 civis foram mortos na região de Kharkiv desde o início da invasão da Rússia, incluindo cinco crianças. No entanto, a Rússia nega atacar civis e diz que suas forças estão envolvidas numa "operação militar especial" na Ucrânia para destruir as capacidades militares do seu país vizinho e remover o que considera nacionalistas perigosos em Kyiv.
A Ucrânia e seus aliados chamam as ações da Rússia de uma invasão brutal que matou centenas de civis. Blocos de apartamentos em Kharkiv e em outros lugares foram reduzidos a escombros, cidades foram evacuadas e cerca de 2 milhões de pessoas fugiram do país.
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