Para o responsável da NATO, a imposição de uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia, como o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky repetidamente tem pedido, é algo que a Aliança Atlântica não pode oferecer.
Jens Stoltenberg, que falava durante a Conferência de Otava sobre Segurança e Defesa, explicou que a zona de exclusão "exigiria um confronto direto com aeronaves russas" e que a NATO teria que atacar "em grande escala" as defesas aéreas russas localizadas na Ucrânia, Rússia e Bielorrússia, o que significaria uma "guerra total".
A Aliança tem recusado qualquer intervenção na Ucrânia, incluindo a imposição de uma zona de exclusão aérea, por não se tratar de um país da NATO, apesar dos constantes apelos nesse sentido do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Questionado sobre as "linhas vermelhas" que levariam a NATO a intervir no conflito ucraniano, Stoltenberg disse que um ataque a um membro significaria "a resposta total de toda a Aliança" e que esta é a mensagem que a organização tem enviado repetidamente a Moscovo.
O secretário-geral da NATO, que participou na conferência virtualmente, explicou que, embora a Ucrânia seja um parceiro importante e esteja a receber apoio da Aliança para combater as forças russas, "não é o mesmo que ser membro da NATO".
Stoltenberg acrescentou que para a Rússia entender que um ataque desencadearia a ativação do artigo 5 da organização, a NATO está a enviar "repetidamente" a mensagem de que apoia a Ucrânia e que oferece "garantias absolutas de segurança" a todos os membros desta aliança militar.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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