"Vladimir Putin cometeu um erro grave e perderá esta guerra que começou, devido à coragem, resiliência e inspiração dos bravos ucranianos, e também pela unidade, pela firmeza dos países aliados", disse Trudeau, repetindo a mesma frase em francês e inglês, numa conferência de imprensa com o Presidente polaco, Andrzej Duda.
Os aliados "não permitirão, não podem permitir que Putin ganhe depois de desrespeitar as regras internacionais, visando civis, invadindo o país vizinho", prosseguiu o primeiro-ministro canadiano, que está em visita à Polónia.
"Faremos tudo para garantir que Putin enfrenta graves consequências pelas escolhas que fez e por quaisquer más escolhas que possa fazer nos próximos dias e nas próximas semanas", prometeu.
O chefe do Governo do Canadá considerou que Vladimir Putin "contava com o facto de, em democracias, ser por vezes difícil encontrar entendimentos, mas encontrou uma união, uma ferocidade na resposta económica que demonstrou como as democracias podem e vão defender os princípios em que foram fundadas".
"A Polónia e o Canadá estão entre os países que mais pressionaram a ação", disse.
O Presidente polaco também se pronunciou a favor de sanções "multidirecionais" e "relâmpago" destinadas a atingir a economia russa, por um lado, e Vladimir Putin e aqueles que o rodeiam, por outro.
Andrzej Duda disse ainda que espera ver Putin a responder pelos seus "crimes de guerra" perante o Tribunal Penal Internacional.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 2,3 milhões de pessoas para os países vizinhos -- o êxodo mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 15.º dia, provocou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares, segundo várias fontes.
Embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou hoje a morte de pelo menos 549 civis e 957 feridos.
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