Os Serviços de Segurança do Estado da Ucrânia intercetaram chamadas telefónicas que provam que os militares russos que se encontram nas proximidades da cidade ucraniana de Kharkiv receberam ordens para disparar sobre civis, incluindo crianças, noticia o The Kyiv Independent.
De acordo com essas conversas, um atirador furtivo russo terá, na sequência destas ordens, disparado sobre três civis que, de acordo com os relatos, apenas terão apontado uma lanterna em direção aos invasores russos.
Estas indicações foram fornecidas numa altura em que o exército russo continua a sofrer pesadas perdas em Kharkiv. Segundo o The Kyiv Independent, de um grupo de cerca de 2.000 militares que tentava conquistar a cidade, pouco mais de 20 terão conseguido sobreviver ao dia de hoje.
"Somos poucos aqui, fomos invadidos. Agora temos uma ordem para acabar com todos [...]: civis, crianças, não crianças...", relatava um dos invasores, numa das conversas intercetadas pelos serviços de segurança ucranianos.
Estas informações surgem depois do gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos ter documentado, desde terça-feira, pelo menos 170 óbitos na região de Kharkiv - cinco dos quais de crianças.
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