O primeiro-ministro ucraniano disse, esta segunda-feira, que, apesar “das inúmeras violações do direito internacional e de outros valores éticos”, a Europa tem vindo a mostrar um “conhecimento escasso” do perigo que Vladimir Putin representa.
Denys Shmyhal acusou ainda a comunidade europeia de,, nos últimos anos, ter vindo a “pacificar o agressor”, em vez de defender os valores da democracia.
O chefe de Estado, que substituiu esta tarde o presidente ucraniano numa reunião da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (PACE, na sigla em inglês), disse ainda que “o mundo finalmente abriu os olhos” para as intenções de Vladimir Putin e que a Rússia se tem “portado como terrorista”.
“Eles bombardeiam escolas, jardins de infância, hospitais. Eles matam crianças. Fazem reféns. Raptam representantes das autoridades locais. Torturam civis”, acusou.
Recorde-se que o primeiro-ministro ucraniano substituiu o presidente da Ucrânia nesta reunião pois, segundo a PACE informou hoje, Volodymyr Zelensky não pode estar presente devido a "circunstâncias imprevistas e muito urgentes".
A ofensiva militar russa na Ucrânia já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre os civis, segundo os mais recentes dados da ONU.
Mais de 4,8 milhões de ucranianos fugiram das suas casas, tendo 2,8 milhões deixado o país, avançou hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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