O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, enviou uma carta de “sinceras condolências” à família de Brent Renaud, o jornalista norte-americano morto pelas tropas russas em Irpin, nos arredores de Kyiv.
“Estendo as minhas sinceras condolências à família de Brent Renaud, que perdeu a vida enquanto documentava a crueldade e o mal infligido às pessoas ucranianas pela Rússia. Que a vida e o sacrifício de Brent inspirem o mundo a lutar pelas forças da luz contra as forças das trevas”, escreveu no Twitter.
Na carta, dirigida aos pais e irmãos de Renaud, Zelensky refere que o “talentoso e corajoso” jornalista “perdeu a vida” a documentar a “tragédia humana, a devastação e o sofrimento de milhões de ucranianos”. “Com toda a sua coragem e determinação, ele viajou até às mais perigosas zonas de guerra para filmar a crueldade e o mal sem precedentes, também infligidos à nossa nação pelo estado agressor”, frisou.
I extend my heartfelt condolences to the family of Brent Renaud who lost his life while documenting the ruthlessness & evil inflicted upon 🇺🇦 people by Russia. May Brent’s life & sacrifice inspire the world to stand up in fight for the forces of light against forces of darkness. pic.twitter.com/bvQjM470OU
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) March 14, 2022
“O povo da Ucrânia, que está a lutar contra o regime russo para defender a sua pátria e democracia no mundo, está de luto com vocês”, acrescentou.
O presidente ucraniano afirmou ainda que o país está “grato” pelo “profissionalismo” do jornalista, bem como pelo seu “comprometimento” com os valores da “compaixão, ética e justiça”.
“Que a vida de Brent, o seu serviço e sacrifício, inspirem gerações de pessoas em todo o mundo a lutar pelas forças da luz contra as forças das trevas”, terminou.
Brent Renaud foi morto a tiro, no domingo, pelas tropas russas em Irpin, nos arredores de Kyiv. Um outro jornalista ficou ferido e foi transportado para um hospital na sequência do mesmo ataque.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que, nos últimos 19 dias, já foram registadas pelo menos 1.761 vítimas civis: 636 mortos e 1.125 feridos.
Já as autoridades ucranianas revelam que cerca de 90 crianças morreram no conflito e que só em Mariupol - onde não tem sido possível chegar ajuda humanitária - já morreram mais de 2.500 civis.
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