Mais de 4.000 civis ucranianos resgatados da linha da frente
As autoridades acusam os invasores russos de disparar contra civis, impedindo a evacuação.
© Getty Images
Mundo Ucrânia
A vice-primeira ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, afirmou esta segunda-feira que foram resgatadas da linha da frente mais de quatro mil pessoas através de sete corredores humanitários.
Num vídeo publicado através do Telegram - a plataforma que tem sido escolhida pelos líderes ucranianos para as atualizações sobre a guerra - Vereshchuk disse que três corredores humanitários não abriram devido às forças russas.
No vídeo, citado pela Reuters, a governante acusou novamente os russos de dispararem contra civis que estavam a ser evacuados de Kyiv.
Os russos negam as acusações. Mas só em Mariupol morreram pelo menos 2.500 civis, e o cerco à cidade está a impedir a entrada de ajuda humanitária.
E em Kyiv, onde os invasores intensificaram os ataques e bombardeamentos, o presidente da câmara preferiu não comentar quando lhe perguntaram até quando duraria a comida.
As acusações contra os russos sobre ataques a corredores humanitários têm sido uma constante desde o início da guerra, quando, em Irpin, milhares de pessoas tiveram de fugir por uma ponte destruída e debaixo de fogo russo, menos de 24 horas depois dos corredores terem sido acordados em negociações entre os dois países.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), morreram já pelo menos 636 pessoas e 1.125 ficaram feridas. As estimativas das autoridades ucranianas são muito maiores, e a própria ONU admite que as dificuldades em identificar todas as vítimas levam a que o número seja, provavelmente, muito superior ao estimado.
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