As infeções por Covid-19 e os internamentos hospitalares estão a aumentar em todo o Reino Unido semanas após as restrições terem sido levantadas e os testes terem sido reduzidos.
As medidas fazem parte do plano do governo para "viver com a Covid". A Forbes fala agora num preocupante aumento da taxa de infeção, citando os especialistas. Esta mudança poderá ser impulsionada por mudanças de comportamento, diminuição da imunidade e o aumento da nova subvariante conhecida por 'Stealth Ómicron' ou BA.2.
Na semana passada, cerca de uma em cada 13 pessoas testou positivo para a Covid-19 na Escócia, uma em cada 18 na Irlanda do Norte, uma em cada 25 na Inglaterra e uma em cada 30 no País de Gales, de acordo com dados do inquérito de infeção do Office of National Statistics, que testa aleatoriamente uma amostra da população para o vírus.
Os números assinalam um aumento na proporção de pessoas com testes positivos para o Covid-19 em todos os países do Reino Unido em comparação com a semana anterior, disse o ONS, e os dados do governo também mostram que o número de doentes com Covid nos hospitais em todo o Reino Unido está a aumentar, atingindo o ponto mais alto em mais de um ano na Escócia.
Especialistas disseram à Forbes que é difícil obter uma explicação precisa para a razão pela qual os casos e as admissões hospitalares estão a aumentar neste momento, ou se será apenas o início de uma onda maior.
O Professor Liam Smeeth, Director da London School of Hygiene & Tropical Medicine, disse à Forbes que o aumento dos casos é "esperado" dadas as mudanças de comportamento e o aumento da socialização depois do Reino Unido levantar todas as restrições pandémicas.
É "plausível" que a diminuição da imunidade às doses de reforço possa explicar o aumento, refere o Professor Paul Hunter, especialista em doenças infeciosas da Universidade de East Anglia, à Forbes, especialmente à medida que os casos aumentaram primeiro entre os mais velhos - os que receberam as doses mais cedo. Hunter referiu ainda que o "principal impulsionador" do aumento é o BA.2 Ómicron, uma variante mais transmissível que tem vindo a aumentar desde o início do ano e que se tornou dominante no país há cerca de duas semanas.
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